domingo, 6 de janeiro de 2013

MEU FILHO É AUTISTA! O QUE VAMOS FAZER? 4a PARTE

        A primeira coisa que eu fiz foi ler, ler e ler. Tudo e qualquer coisa que encontrava pela frente na internet. Muitas coisas me deixavam  felizes, outras me deixavam piores do que eu estava. Amanhecia o dia lendo, o Luan acordava como sempre no meio da madrugada e eu nem tinha dormido, Com o tempo passei a filtrar as informações e acessar sites e blogs sérios.  
            Voltei a Pediatra que acompanhava ele para alertá-la a observar mais seus pacientes. Pois ela  foi pediatra do Luan dos 4 meses até os 2 anos e não tinha percebido nada, mesmo ante as minha indagações de ele ter quase 2 anos e ainda não falar e não dormir direito, ela só respondia que cada criança tem seu tempo. Quando eu entrei no consultório aos prantos dizendo que o Luan era autista e que a Neuropediatra já estava fechando o diagnóstico, ela ficou super sem graça e disse "mas ele olha para mim". Eu pensei "quanta desinformação"! Muita gente, inclusive médicos pensam que os autistas vivem isolados, no mundo dele e não olha para as pessoas. Volto a repetir: todas as pessoas são diferentes, inclusive os autista, ninguém é igual a ninguém!!!
             A neuro que disse que Luan tinha características de autismo deu encaminhamento para Fonoterapia e Terapia Ocupacional. Era uma pena que a fono que avaliou Luan inicialmente não atendia pelo nosso plano e infelizmente particular era muito caro, fora do nosso orçamento. Marcamos para a fono disponível e a Terapeuta Ocupacional disponível. A fono disse: "Seu filho não tem nada. Ele é muito dengoso pois é filho único e único neto por parte do pai dele".....ai...ai... fiquei sem palavras. E disse mais, que ela era de Recife e morava aqui em Maceió, mas não ia para nenhum médico daqui porque nenhum prestava. E ela? Era por acaso uma boa profissional com o julgamento tão precipitado? e o pior: errado!Existem alguns médicos muito  bons e competentes sim aqui em Maceió. Alguns...
            Já a Terapeuta Ocupacional era até boa, atendia na mesma clínica da "fono decepção". Mas não existia sala de Terapia Ocupacional. Ela atendia na sala de fisioterapia, suja e com aparelhos que não serviam para a terapia, na verdade só atrapalhava.
             Ainda não tinha mencionado, mas o Luan desde que nasceu, vez ou outra tem crises alérgicas sérias e  a urgência no plano de saúde que estávamos era péssima. Então mudamos de plano para um melhorzinho e tudo cooperou, nesse novo plano teve uma promoção que se fizesse até o dia determinado por eles entraríamos sem carência nenhuma. Então O Luan teve direito a começar a Fono que a gente queria desde o início, a que fez a primeira avaliação dele, era uma pena que só atendia uma vez por semana e meia hora por dia.  Conseguimos uma Terapeuta Ocupacional pelo SUS muito boa e disposta a conhecer a peculiaridades do Luan, estamos com ela até hoje. É uma pena(de novo) que quem atende na maioria das vezes não é ela, são estagiários, não desmerecendo ninguém, mas me incomoda muito a rotatividade de pessoas e eu acho que o vínculo para a criança autista é muito importante.
             Ele começou também equoterapia e método comportamental com uma psicopedagoga, ambos particulares. Minha mãe como sempre do  nosso lado e nos ajudando pagava os dois. Mas eu comecei a vê-la  apertada financeiramente e resolvi tirá-lo e consegui colocá-lo na lista de espera para fazer equoterapia pelo SUS. E graças a Deus não demorou muito e a  assistente social nos ligou dizendo que ele tinha conseguido a vaga, ficamos muito felizes.
                Nesse ano de terapias, mudanças e descobertas(2012). Fomos aconselhado a colocá-lo na escola. Fiquei com o coração tão apertado....como vou colocar meu filhinho na escola? Ela não fala nada! E se estiver com fome e sede?....Essa é uma outa história  que fica para o próximo relato.Beijos e Abraços para todos.

KARLLA, MÃE do LU.

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