terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO AUTISMO


         A brincadeira é a linguagem das crianças. Pela brincadeira se pode aprender a interação social, trabalhar a atenção, seqüências, habilidades, solucionar problemas, explorar sentimentos, desenvolver causa
 e efeito, estimular a criatividade. Com a falta de interação social, comunicação e problemas no comportamento, muitos autistas vão necessitar de ajuda para estabelecer uma relação com outras crianças e muitos não sabem brincar, o que precisa ser ensinado.

            Para começar escolha algo que funcione com o autista, o que chamaria a sua atenção (dinossauros, tubarão, fadas, jogos, bola). Deixe a criança iniciar a brincadeira, fazer uma escolha. Se a criança recusar a sua presença na brincadeira comece apenas observando-a brincar, depois introduza comentários ("nossa, este carro é bem veloz!"). Não se preocupe se a criança ignorar seus comentários, continue a introduzi-los aos poucos.

           Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.

             Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.

           Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.

         Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.

         Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.

Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine
 

COMO O MEU FILHO PERCEBE O MUNDO


Muitas crianças com Espectro Autista reagem de forma incomum ao mundo ao seu redor. Isto acontece porque elas podem não sentir as coisas da mesma forma que você. Seu filho pode ser hipersensível a certas sensações, o que significa que uma pequena quantidade da sensação pode estimulá-lo intensamente. Se o seu filho é hipersensível, ele pode se afligir e tentar evitar as sensações que o incomodam.

 Ao mesmo tempo, seu filho pode ser hipossensível a certas sensações e buscá-las, porque é necessária uma grande quantidade da sensação para estimulá-lo. Crianças que são hipossensíveis ao movimento são particularmente ativas, porque correm de um lado para o outro, balançam o tronco ou pulam buscando provocar as sensações que precisam. Por outro lado, há crianças que são hipossensíveis às sensações, e mesmo assim são passivas. Elas mal reagem ao mundo à sua volta, porque não estão obtendo estímulos suficientes.

 É possível que seu filho tenha reações contraditórias às sensações – ele pode ser hipersensível a algumas e hipossensível a outras. Assim será mais fácil entender o comportamento de seu filho diante as sensações do dia-a dia. Muitas crianças com Espectro autista são hipossensíveis não respondem quando chamado, produz sons estranhos, muito embora outros são hiperssensível aos sons ( como liquidificador, encerradeira, secador ou aspirador).

outras crianças com Espectro Autista são hipossensível a alguns cheiros e gostos ou busca  sensações (explora coisas lambendo e cheirando-as gosta de comidas muito condimentadas) e outras hipersensível a alguns cheiros ou gostos evitando certas  sensações de gosta de comidas e certos cheiros.


Fonte Livro Mais que palavras Fern Sussam e Robin Baird Lewis

NA ESCOLA...10a PARTE

               Participei do curso "cuidadores para transtornos do espectro do autismo", que teve como palestrante Maria Elisa Granchi. Simplesmente adorei, esclareceu muitas coisas e principalmente as questões  das AVDs(atividades de vida diárias), sempre buscando a independência e a funcionalidade. Nesse curso percebi que tinha algumas escolas presentes e fiquei triste pois a escola do Luan não estava participando e decidi que depois do curso procuraria a coordenadora da escola e ia propor mais interesse em capacitação da parte deles e se não se importassem eu tiraria o Luan de lá, pois assim estaríamos perdendo tempo. E assim o fiz. Fomos na escola(eu, Saulo e Luan), não falei com a coordenadora da manhã pois ela estava de férias, mas falamos com a coordenadora geral. Foi uma conversa muito proveitosa, falamos das nossas aflições e anseios. E ela falou que a escola não participou porque não tinha conhecimento do curso.Realmente, não tem muito divulgação e eu não tinha falado nada. Mas ela fez questão de entrar   em contato com uma Terapeuta Ocupacional (Katiúscia Viana) para dar uma capacitação para todos os funcionários da escola antes do início das aulas. E me pediu para eu passar a agenda dos cursos que vão ser realizados aqui em Maceió que com certeza eles vão participar. Se disponibilizaram a mudar o que fosse preciso na sala que o estivesse prejudicando. Realmente se comprometeram a incluir trabalhos mais específicos voltados para a melhoria e o bem estar do Luan. Fiquei e estou muito feliz pois realmente já começaram o trabalho proposto. Sem falar que adoro a escola e o tratamento dedicado ao meu filho, com muito amor e sem nenhum preconceito. Vale a pela divulgar o nome dessa escola: D´Lins,  muito obrigada aos donos, sempre presentes e amorosos, as coordenadoras, aos professores e funcionários.

KARLLA, MÃE de LU.