sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
Adultos convivem com o autismo sem saber
Pessoas que passaram anos com os sintomas do transtorno contam como é a redescoberta do mundo depois do diagnóstico tardio.
Por ADRIANA CZELUSNIAK
O autismo atinge hoje uma em cada 88 crianças e, na infância, soma mais casos que aids, câncer e diabete juntos. Entretanto, a síndrome não é restrita a meninos e meninas e boa parte dos adultos que têm autismo nem sabe disso.
São pessoas que estão na parte menos comprometida do espectro, que não têm deficiência intelectual (mais comum nos casos severos ou clássicos do autismo) e que não tiveram atraso na aquisição da linguagem. Em geral, elas costumam ficar mais isoladas, são classificadas como antissociais, muito tímidas, ingênuas, metódicas e até “frescas” – já que são mais sensíveis a barulhos, luzes e até a toques.
Sinais Confira os sintomas mais comuns do autismo em um adulto. Caso se reconheça na maioria dos sintomas, procure o atendimento de um especialista:
Interação
Tem dificuldade para compreender regras sociais subliminares, manter contato visual, entender expressões faciais que não são óbvias, dar continuidade a um diálogo e entender metáforas, ironias e piadas.
Socialização
Não demonstra ou recebe afeto com naturalidade, não costuma falar sobre seus sentimentos, não se envolve com interesses alheios, não consegue se colocar no lugar dos outros, encara a vida de forma muito objetiva, prefere falar de poucos assuntos específicos e não percebe quando os outros não estão mais interessados.
Funcionamento
Trabalha melhor sozinho do que em equipe, não tem bom desempenho em entrevistas de emprego, não costuma ter bom desempenho escolar ou na universidade especialmente por ter foco bastante restrito.
Sensibilidade
Sofre mais com barulhos incômodos, ambientes agitados, roupa de tecido não tão confortável ou comida com espessura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumado. São frequentes outras alterações sensoriais, como hipersensibilidade a luzes e ao toque.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1359092.
Por ADRIANA CZELUSNIAK
O autismo atinge hoje uma em cada 88 crianças e, na infância, soma mais casos que aids, câncer e diabete juntos. Entretanto, a síndrome não é restrita a meninos e meninas e boa parte dos adultos que têm autismo nem sabe disso.
São pessoas que estão na parte menos comprometida do espectro, que não têm deficiência intelectual (mais comum nos casos severos ou clássicos do autismo) e que não tiveram atraso na aquisição da linguagem. Em geral, elas costumam ficar mais isoladas, são classificadas como antissociais, muito tímidas, ingênuas, metódicas e até “frescas” – já que são mais sensíveis a barulhos, luzes e até a toques.
Sinais Confira os sintomas mais comuns do autismo em um adulto. Caso se reconheça na maioria dos sintomas, procure o atendimento de um especialista:
Interação
Tem dificuldade para compreender regras sociais subliminares, manter contato visual, entender expressões faciais que não são óbvias, dar continuidade a um diálogo e entender metáforas, ironias e piadas.
Socialização
Não demonstra ou recebe afeto com naturalidade, não costuma falar sobre seus sentimentos, não se envolve com interesses alheios, não consegue se colocar no lugar dos outros, encara a vida de forma muito objetiva, prefere falar de poucos assuntos específicos e não percebe quando os outros não estão mais interessados.
Funcionamento
Trabalha melhor sozinho do que em equipe, não tem bom desempenho em entrevistas de emprego, não costuma ter bom desempenho escolar ou na universidade especialmente por ter foco bastante restrito.
Sensibilidade
Sofre mais com barulhos incômodos, ambientes agitados, roupa de tecido não tão confortável ou comida com espessura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumado. São frequentes outras alterações sensoriais, como hipersensibilidade a luzes e ao toque.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1359092.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Projeto Guri ensina música para crianças autistas em Sorocaba
Em Sorocaba (SP), autistas aprendem com a música a conviver melhor com os colegas e a ter mais disciplina. E para conseguir resultados cada vez melhores os professores estão se capacitando.
Nas aulas de percussão a pequena Melissa, de 8 anos, se realiza. Ela é portadora de autismo e encontrou na música uma maneira de driblar os principais sintomas da síndrome. Irritação, isolamento e hiperatividade ficam controlados e a menina até sonha em ser famosa. "Eu quero aparecer na televisão", conta Melissa Garcia.
A mãe conta que nem sempre foi assim. "Quando ela começou na percussão, eles têm muita sensibilidade com o som, eles não aguentam o som muito alto. Ela aprendeu a lidar com isso, ajudou até em outras áreas, na escola também. A música ajudou em muita coisa na vida dela", explica Gilsi Garcia.
Ela é uma dos três alunos com autismo do Projeto Guri. Aluna da Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba (Amas), a menina frequenta o projeto de música há dois anos. O bom exemplo de Melissa encorajou Pedro. Hoje, ele consegue tocar a música preferida no clarinete. O menino de 11 anos, diagnosticado com autismo severo aos 3, encontrou na música a esperança da socialização. Aluno de clarinete há 7 meses, o garoto demonstra muita disciplina durante as aulas. "No dia de uma apresentação eu disse para ele ficar observando eu tocar e daí você tenta repetir. E ele visualmente conseguiu tocar a música inteirinha e a apresentação foi um sucesso", lembra Flávio Batista de Souza Júnior, professor.
O Projeto Guri é um programa do governo do estado ensina música a crianças e jovens. Diante de tanto sucesso nos casos de Melissa e Pedro, o projeto resolveu fazer uma parceria com a Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba. Agora, professores de música vão receber treinamento de psicólogos e psicoterapeutas para aprender a ensinar esses alunos. "A gente vai contar um pouco pra eles o que é o autismo, os principais sintomas, as características, o que é próprio de cada criança e vai ensinar eles a lidarem, principalmente, com o comportamento, que é o que mais tem dificuldade", explica a psicóloga Beatriz Azevedo Moraes.
Enquanto o treinamento não começa, os professores já se esforçam para atender os novos alunos. Rafael ensina a pequena Ana Laura, de 7 anos, a manusear os instrumentos. Também com autismo, a menina está no módulo Iniciação Musical. O professor conta que a meta é a socialização e a familiaridade com os instrumentos. "Nos primeiros dias de aula ela era uma aluna que não parava, não sentava, não pegava o instrumento, não estava inserida no grupo. A primeira meta é inserir nesse contesto e depois, vai pensar musicalmente. Hoje ela já senta, já interage com os amigos, então isso já é uma conquista", analisa Rafael Valin.
Para as mães, o alívio depois do diagnóstico de um transtorno que afeta tanto o comportamento das crianças. "No começo, muitas vezes eu ia embora chorando, queria desistir e a escola nunca deixou. E graças a Deus hoje eu vejo como foi bom não ter desistido porque a minha filha cresceu muito e a gente chora de alegria", relata Gisli Garcia.
E tantos avanços no tratamento dessas crianças têm uma explicação. Segundo a musicoterapeuta Mara Magalhães, a música ajuda a desenvolver comportamentos afetados pelo transtorno. "Ela estimula a linguagem, estimula o campo emocional, o contato social. Então através do som, do movimento, você consegue mobilizar a mente, a emoção e o contato entre as pessoas".
Resultados que nem precisam de comprovação científica. Na alegria das três crianças dá para ver que a parceria do Amas com o Projeto Guri vai dar certo.
Mães de crianças com autismo cobram políticas públicas
Grupo de mães de crianças com autismo cobra criação de políticas públicas nas áreas de educação e saúde
Mães de crianças com autismo e profissionais que atuam diretamente com pacientes que têm a doença se reuniram, na manhã de ontem, na sede da Defensoria Pública Geral do Ceará. Foram discutidas soluções que minimizem o sofrimento das famílias de baixa renda que têm dificuldade de custear o tratamento para crianças portadoras do transtorno de desenvolvimento global.
Há cerca de três anos, um grupo de mães de crianças com autismo procurou o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria em busca de ajuda para o problema. As principais reclamações são o alto custo dos tratamentos - que requerem acompanhamento de fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, entre outros profissionais - e a dificuldade de encontrar escolas, tanto na rede pública como na particular, que sejam preparadas para receber crianças com esse distúrbio.
Durante a audiência, a sub-defensora pública geral do Estado, Angélica Bezerra, afirmou que são necessárias medidas que priorizem a inclusão social e a criação de políticas públicas em favor dessas crianças e de suas famílias. “Acho que nós podemos e devemos ajudar essas pessoas. Estamos primeiro ouvindo os problemas, para depois darmos início à discussão de quais medidas serão tomadas”, explica.
Para o defensor público do Núcleo Especializado de Defesa da Infância e Juventude da Defensoria Pública, Alfredo Homsi, o autismo é um transtorno global de desenvolvimento ainda pouco conhecido na sociedade. Ele afirma que o tratamento da doença pode ser feito no Sistema Único de Saúde (SUS), mas admite que as condições de tratamento ainda são tímidas, por causa da falta de recursos. “Isso dificulta muito a vida dessas famílias, porque elas têm que tirar do próprio bolso e isso sai caro”, afirma o defensor.
Segundo Afonso, a ideia, a partir de agora, é elaborar ideias e iniciativas para solucionar esse problema extrajudicialmente, e, caso não haja solução, procurar auxílio judicial para o caso.
Lei
Em dezembro do ano passado, foi aprovada a Lei 12.764, pela presidente Dilma Rousseff, que estabelece os direitos dos autistas. A lei determina alguns direitos dos portadores da deficiência, como o acesso a ações e serviços de saúde. Além disso, fica estabelecido que as pessoas diagnosticadas com a doença devem ter direito a um acompanhante especializado, caso incluída nas classes comuns de ensino regular .
Mães de crianças com autismo e profissionais que atuam diretamente com pacientes que têm a doença se reuniram, na manhã de ontem, na sede da Defensoria Pública Geral do Ceará. Foram discutidas soluções que minimizem o sofrimento das famílias de baixa renda que têm dificuldade de custear o tratamento para crianças portadoras do transtorno de desenvolvimento global.
Há cerca de três anos, um grupo de mães de crianças com autismo procurou o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria em busca de ajuda para o problema. As principais reclamações são o alto custo dos tratamentos - que requerem acompanhamento de fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, entre outros profissionais - e a dificuldade de encontrar escolas, tanto na rede pública como na particular, que sejam preparadas para receber crianças com esse distúrbio.
Durante a audiência, a sub-defensora pública geral do Estado, Angélica Bezerra, afirmou que são necessárias medidas que priorizem a inclusão social e a criação de políticas públicas em favor dessas crianças e de suas famílias. “Acho que nós podemos e devemos ajudar essas pessoas. Estamos primeiro ouvindo os problemas, para depois darmos início à discussão de quais medidas serão tomadas”, explica.
Para o defensor público do Núcleo Especializado de Defesa da Infância e Juventude da Defensoria Pública, Alfredo Homsi, o autismo é um transtorno global de desenvolvimento ainda pouco conhecido na sociedade. Ele afirma que o tratamento da doença pode ser feito no Sistema Único de Saúde (SUS), mas admite que as condições de tratamento ainda são tímidas, por causa da falta de recursos. “Isso dificulta muito a vida dessas famílias, porque elas têm que tirar do próprio bolso e isso sai caro”, afirma o defensor.
Segundo Afonso, a ideia, a partir de agora, é elaborar ideias e iniciativas para solucionar esse problema extrajudicialmente, e, caso não haja solução, procurar auxílio judicial para o caso.
Lei
Em dezembro do ano passado, foi aprovada a Lei 12.764, pela presidente Dilma Rousseff, que estabelece os direitos dos autistas. A lei determina alguns direitos dos portadores da deficiência, como o acesso a ações e serviços de saúde. Além disso, fica estabelecido que as pessoas diagnosticadas com a doença devem ter direito a um acompanhante especializado, caso incluída nas classes comuns de ensino regular .
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